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Terra Nova do Norte,07/06/2025

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Onça que atacou e matou caseiro no Pantanal do MS vai viver em cativeiro em instituto no interior de SP

De acordo com o médico-veterinário do Ampara Animal, o felino tem comportamento habituado à presença humana e perdeu parte dos instintos naturais de fuga

Fonte: Band
Onça que atacou e matou caseiro no Pantanal do MS vai viver em cativeiro em instituto no interior de SP Foto: Instituto Ampara Animal

O Instituto Ampara Animal, que fica na cidade de Amparo (SP) e é referência nacional nos cuidados com a fauna silvestre, recebeu nesta semana uma onça-pintada vinda do Pantanal do Mato Grosso do Sul. A suspeita é que o animal seja o mesmo que atacou e matou um caseiro de 60 anos no município de Aquidauana (MS), no mês passado.

A decisão da transferência foi tomada pelos órgãos ambientais responsáveis, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP), vinculado ao ICMBio em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC) do Mato Grosso do Sul.

A onça é um macho, com idade estimada em 9 anos. Na época da captura pesava apenas 94 kg, abaixo do ideal para a espécie, que deveria girar em torno de 120 kg, peso médio dos indivíduos pantaneiros. Durante a permanência anterior no CRAS – IMASUL/MS, ganhou 13 kg e apresentou melhora em seu estado de saúde.

O local onde a onça vai ficar não será aberto à visitação. A proposta é promover a recuperação física e comportamental do animal, com foco no bem-estar. A decisão de transferir a onça para ser mantida em cativeiro foi tomada depois que os órgãos ambientais, avaliaram que o retorno do animal à natureza não seria seguro nem viável.

De acordo com o médico-veterinário Jorge Salomão, responsável técnico pelo mantenedor de fauna do Instituto Ampara Animal, essa onça tem comportamento habituado à presença humana, por isso, o animal perdeu parte dos instintos naturais de fuga. “Isso torna sua reintegração à natureza mais complexa e perigosa, tanto para ele quanto para as pessoas”, afirma o veterinário. A expectativa é que o animal, agora sob cuidados permanentes, contribua para ações de conservação da espécie.

No Instituto, a onça passará a viver em um recinto que será especialmente adaptado às necessidades dela. A estrutura contará com ampliação da área aquática, em respeito às origens pantaneiras do animal e hábito de nadar e circular por áreas alagadas.

O Ampara Animal já cuida de oito onças: cinco onças-pintadas e três onças-pardas, todas impossibilitadas de retornar à natureza.

A onça-pintada é uma espécie classificada como vulnerável à extinção e enfrenta múltiplas pressões: perda de habitat, avanço das fronteiras agrícolas, redução de presas naturais, fragmentação das áreas de ocorrência e, cada vez mais, conflitos com seres humanos.




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